sábado, 26 de setembro de 2020

carbono catorze

 carbono catorze

século vinte e um

césio cento e trinta e sete

ônibus um sete quatro

ce érri sete

bolsonaro dezessete

covid dezenove

dólar seis

arroz quarenta

bruxa do setenta e um

com Lucas Andrietta


domingo, 6 de setembro de 2020

outra dança nº1


Bolsoburns

Caricatura que faz parte de uma charge pro livro O SONHO CURTO DOS NAPË E A PANDEMIA do Rafael Afonso da Silva

Como era bonita


Os napë e a xawara

O sonhar/pensar “curto” dos napë é um dos actantes mais importantes da xawara. O que os napë de sonho “curto” não compreendem é que o que está em jogo na política da xawara não é somente a floresta em que vivem os Yanomami, mas a urihi a pree, a “grande terra-floresta”, aquilo que os napë chamam de “mundo inteiro”. Eles não sabem que a máquina “comedora de terra-floresta” de sua abstração civilizatória acabará por devorar também os napë. Eles não sabem que essa máquina destrói as casas dos xapiri e que, quando estes forem embora, “os humanos ficarão à mercê de todos os males”, incluindo os xawarari. A xawara se estenderá, então, por toda parte, e “os brancos não poderão fazer nada, mesmo com seus médicos e suas máquinas”. E não haverá mais refúgios.

(trecho do O SONHO CURTO DOS NAPË E A PANDEMIA de Rafael Afonso da Silva)

O rei