sábado, 21 de março de 2020

Pra ficar em casa

Eu acho que única maneira das pessoas ficarem em casa é criar fundos de solidariedade entre os próprios trabalhadores. Ficar esperando desse governo merda qualquer atitude que seja a favor do povo é uma viajem. Pressionar pra ele fazer alguma coisa é uma boa, mas como vamos fazer isso? Eu não sei. Pela internet? Funciona?
Enquanto isso vejo o fundo de emergência do MTST (https://www.vakinha.com.br/…/ajude-os-sem-teto-a-enfrentar-…) e outras ações parecidas sendo feitas.
Seria massa se os trabalhadores que tem salários bons ou grana guardada ajudassem esses fundos e seus conhecidos autônomos ou demitidos com grana e compras de supermercado.
Uma amiga ontem disse que o cretino do Dória demitiu terceirizados (cozinha e faxina) das escolas. Por que os não-terceirizados de cada escola não dão uma grana mensal pros demitidos de cada escola?
Não quero cagar regra do que cada um tem que fazer, mas to escrevendo isso porque sou autônomo e parei minhas atividades hoje. Consegui liberar um cartão de crédito pra eu me alimentar e tenho trezentos reais mensais do Apoia-se (https://apoia.se/netodestrovocanhota) pra desenhar em casa. Também recebi solidariedade de muitos amigos (que recusei por hora mas sei que daqui uns meses pode ser útil).
To matutando aqui formas de ampliar essas redes de solidariedade pessoais ou com estranhos. Aguardo ideias.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Era das Pandemias

Além do Corona, a China registrou surto de Gripe Aviária(H5N1) na província de Hunan.
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Imaginei a gente imendando pandemia em cima de pandemia nos próximos dez anos.
Começará a Era das Pandemias: sai Corona entra Gripe Aviária, sai Aviária entra o Belcovírus, sai Belcovírus entra H43N159 e assim por diante...
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Era das Pandemias, sexta básica do estado pra geral, geral trampano menos ou nada, Bolsa-Pandemia universal. Vai ser o Nano-Estado-de-Médio-Estar-Social.


(com Iohannen Kabello)

NANOTROVAS CORONÁRIAS vol 1

distraído subo
olhando pro céu
tropeço num tubo
de álcool gel
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será que nessa
zona
terá pressa
o corona?
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não duvide
my love
do covid
dezenove  

sábado, 7 de março de 2020

Sacou como melhorar a porra toda


Primeira charge publicada

Achei minha primeira charge publicada (que na verdade são caricaturas dos secretários de Jacareí). Foi pra Campanha Salarial Unificada do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Jacareí e do Sindicato do Serviço de Água e Esgoto de Jacareí. Foi feita com caneta bic preta. As fotos tão bem ruins, mas foi em março de 2004, cinco anos antes de começar o gibi Miséria com o Batata e o Flóqui e aí sim cair de vez nessa vida de glamour e ostentação dos quadrinho fuleragi.



sexta-feira, 6 de março de 2020

Um levantamento

Todos os gibis e zines que fiz e seus respectivos números de vendas aproximados:

Miséria 1 (2009 - Campinas-SP / 2ª ed em 2010)  - Primeira tiragem: uns 100; Segunda tiragem(junto com a Miséria 2): 1200

Miséria 2 (2009 - Campinas-SP / 2ª ed em 2010)  - Primeira tiragem: uns 100; Segunda tiragem(junto com a Miséria 1): 1200 - uma curiosidade é que a Miséria 2 saiu antes da Miséria 1

Miséria 3 (agosto de 2010 - Campinas-SP) - 1000

Miséria 4 (junho, julho ou agosto de 2010 - Campinas-SP) - 1000

(as Miséria foram feitas junto com o Flóqui e o Batata)


A partir daqui já podemos batizar de Editora Xerósqui:

Felicidade (janeiro de 2011- Rio de Janeiro-RJ) - 300

Fantasia (março de 2011- Pacajus-CE) - 400

Cancrópolis (março de 2011 - Fortaleza-CE) - 600

Ave Sangria (2012 - Sumaré-SP), com Batata Sem Umbigo (eu xerosquei umas 20 no máximo; o Batata deve ter xeroscado mais)

Dia 19 (2012 - Campinas-SP) - 30

Canto (2012 - Campinas-SP) - 30

De jeito nenhum (2012 - Pacajus-CE) - 250

Histórias de Pacajus (2012 - Pacajus-CE) - 2000 (o maior sucesso da Editora Xerósqui!!)

Incardido - 500
Incardido i Feio - 500
Incardido, Feio i Mau Iscritu - 350
Incardido, Feio, Mau Iscritu e Sem Sentido - 250
(série de 4 zines feitos em Fortaleza - CE)

Errante (2013 -Brasília-DF) - 350

Mindingagi (2013 - Várzea da Roça-BA) - 20

Riqueza - poemas de rima pobre nº 1 (2014- Campinas-SP) - 80

Neto Destro Vó Canhota nº 1 (2015 - montado em Bananeiras e impresso em João Pessoa - PB) - 70

Neto Destro Vó Canhota nº 2 (2015 - Aracaju-SE) - 70

Neto Destro Vó Canhota nº 3 (2015 - Aracaju-SE) - 70

Neto Destro Vó Canhota nº 4 (2015 - Aracaju-SE) - 70

Neto Destro Vó Canhota nº 5 (2016 - Campinas-SP) - 70

Rascunhos para mais um ensaio sobre a loucura (2016 - Campinas - SP) - 143 (esse contabilizo exatamente)

Riqueza - poemas de rima pobre nº 2 (2016 - Campinas- SP) - 30

É proibido ser feliz (Quadrinhos de auto-ajuda nº 1) - (2017 - João Pessoa - PB) - 63 (esse contabilizo exatamente)

Só lombra de Mocororó (2017- João Pessoa- PB) - 80

Shhh nº 1 (2019 - Campinas-SP) - 41 (esse contabilizo exatamente)

Pouca gente gosta (2019 - Campinas-SP) - 27 (esse contabilizo exatamente)

Combo de Lombra (2019 - Campinas-SP) -  37 (esse contabilizo exatamente)

Combo de Lombra 737 (2020 - Campinas-SP) - online gratuito

Observações:

Não coloquei as cartilhas feitas pra movimentos populares e sindicatos nem as participações em outros zines.

De 2011 a 2014 vendia diariamente os zines e gibis na rua, era a minha principal fonte de renda. A partir de 2015 só vendo pela internet e em raros eventos, por isso que caiu o número de vendas do material impresso em papel. Deixei de oferecer pras pessoas em bares e semáforos.

A Miséria 5 (fevereiro de 2011) quem editou foi o Batata, o Flóqui, a Letícia(Lícia), o Renan Vilela, o Miguelito, o Fabinho, o Bussunda e outros, se não me engano. Tem bastante quadrinho meu mas não participei do processo porque estava no Rio de Janeiro.

A História de Pacajus vendia muito diariamente em Fortaleza nos anos de 2012 e 2013 e depois continuei vendendo muito até hoje. Por isso o alto número de vendas. A gráfica Maloca fez também uma tiragem em Campinas. É interessante como a história de um lugar atrai a atenção dos desconhecidos que ofereço meus trabalhos mais do que os gibis de humor, crítica social, nonsense ou podrêra xurumenta.

Também vendia muito zines e livros de outras pessoas. Acho que já vendi uns 60 Refluxo, livro do Batata Sem Umbigo. Cheguei até a autografar um livro dele em Brasília uhauhahua (já que tenho 3 roteiros no livro acho que posso. Posso?)

A maioria das vendas eram feitas em semáforos. Mas vendia bastante em mesas de bar também. Encontros, feiras de livros e feiras de quadrinhos e zines sempre vendi pouco.