Festeró Piplica. Habita a galáxia Deodérus Zuadis.
Um polvo aranha com nariz de folha,
flores carnavalescas no pescoço e conjuntivite – diria um desavisado terrestre
de nossa era, mas não é nada disso. O cérebro humano de nossa era não tem
vibrações suficientes para compreender esse tipo de vida. E nosso idioma
português-brasileiro não tem sonoridade, sílabas, fonemas e entonações para
explicá-lo através de palavras.
Em Deodérus Zuadis não existe a noção de ciência e isso faz dos Festerós Piplicas seres muito
tranquilos.
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Siriri de Jabaculéba. Habitou a galáxia de Zuninim
45-XZK, em diversos planetas, entre eles o famoso Candraco Assu.
Extinto no ano de 9.567.890 a.G (antes de Guzimauro Souza).
Uma
minhoquinha orelhuda cheia de dedos, olhos profundos e aparelho nos dentes – diria
um desavisado terrestre de nossa era, mas não é nada disso. O cérebro humano de
nossa era não tem vibrações suficientes para compreender esse tipo de vida. E
nosso idioma português-brasileiro não tem sonoridade, sílabas, fonemas e entonações
para explicá-lo através de palavras.
O Siriri de
Jabaculéba só se alimentava de Petrônios-beta, uma espécie
de similar do cogumelo de nossa era terrestre. Toda refeição que fazia era
seguida de alucinações extremamente prazerosas.
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Infâmulus Comensalis. Habita a galáxia de Gazózus Feldisganço há cerca de bilhões de anos e habitará ainda
por mais bilhões.
Um inseto-homem com olhos alucinados e diversas
patas-mãos, e que, por ter correntes fluviais em seu crânio, consegue
desenvolver vida ao seu redor, com peixes, gato, cachorro, coelho e seres-humanuzinhos
habitando sua cabeça-planeta - diria um desavisado terrestre de
nossa era, mas não é nada disso. O cérebro humano de nossa era não tem
vibrações suficientes para compreender esse tipo de vida. E nosso idioma
português-brasileiro não tem sonoridade, sílabas, fonemas e entonações para
explicá-lo através de palavras.
Em Gazózus Feldisganço existe muitas, mas muitas vidas mesmo. Seres-vivos
pá porra. Nessa galáxia também há uma espécie de noção comunitária de criação
dos seus habitantes. Todo mundo cria todo mundo. Essa espécie de noção
comunitária também se estende ao nascimento e a morte, já que há Infâmulus Comensalis nascendo e morrendo
o tempo todo, o que faz com que o nascimento e a morte não causem comoção em
seus habitantes, já que são coisas triviais e abundantes.
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Sir Malaquias Albuquerque Tobias,
vulgo Totô Maravilha. Habitou a
galáxia Hochimin Smith 4.184.987 em
alguns planetas, e também vagou poraí, como uma ilha flutuante do espaço
infinito de meu Deus.
Uma coisa mutcho lôka – diria um desavisado terrestre de nossa era, mas não
é nada disso. O cérebro humano de nossa era não tem vibrações suficientes para
compreender esse tipo de vida. E nosso idioma português-brasileiro não tem
sonoridade, sílabas, fonemas e entonações para explicá-lo através de palavras.
Em Hochimin Smith 4.184.987 o modo de
organização econômica é muito confuso, inclusive para seus habitantes. Já Sir Malaquias Albuquerque Tobias, vulgo Totô Maravilha, é um cara legal pa
carai, só conhecendo mesmo ele prucê ver, casco bico co jeitão dele.
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Esse é um Xibóquinha
Kamazadarus. Habita a galáxia de Frikszmtsz
4567-XRTW.
Um homem mola com quatro orelhas: duas
orelhas com lóbulo e duas orelhas sem lóbulo – diria
um desavisado terrestre de nossa era, mas não é nada disso. O cérebro humano de
nossa era não tem vibrações suficientes para compreender esse tipo de vida. E
nosso idioma português-brasileiro não tem sonoridade, sílabas, fonemas e entonações
para explicá-lo através de palavras.
Em Frikszmtsz 4567-XRTW - não tente pronunciar, dizem que nem é bom -,
os Xibóquinhas têm uma visão de mundo
muito curiosa. Uma visão de mundo tobogânica e gangorrélica: o mundo está
sempre descendo e subindo, descendo e subindo, descendo e subindo.
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Vasgo Cabuloso Pintósus.
Habitou nos anos ímpares a galáxia de Gangsta
Rap RTG-87 e nos anos pares a galáxia de Sapólium Rádius Cremosus, até sua extinção, no ano de 345.678 a. C.
(após Crista).
Um ser-fechadura, uma
forma de vida misteriosa, uma metáfora da condição humana em suas variadas
matizes dentro da síntese de múltiplas determinações que determina o complexo
dos complexos que rege dúvidas, amálgamas, capilaridades, incertezas, porvires – diria um desavisado terrestre de nossa era, mas não
é nada disso. O cérebro humano de nossa era não tem vibrações suficientes para
compreender esse tipo de vida. E nosso idioma português-brasileiro não tem
sonoridade, sílabas, fonemas e entonações para explicá-lo através de palavras.
Vasgo Cabuloso Pintósus, Vasgo Cabuloso Pintósus...
ai, que saudade de você, meu queridão.
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Curirico: habita sozinho o planeta Curirico.
Uma pedra ou bolacha do mar terrestre – diria
um desavisado terrestre de nossa era, mas não é nada disso. O cérebro humano de
nossa era não tem vibrações suficientes para compreender esse tipo de vida. E
nosso idioma português-brasileiro não tem sonoridade, sílabas, fonemas e entonações
para explicá-lo através de palavras.
Curirico fica lá.